O recente agravamento no conflito entre Israel e Irã, com ataques aéreos em junho de 2025, já elevou os preços globais do petróleo em aproximadamente 10 a 11%. E isso pode trazer impactos diretos ao agronegócio brasileiro.
1- Aumento nos custos de produção
O petróleo mais caro eleva o preço de combustíveis (diesel, gasolina), insumos químicos, fertilizantes (ureia, NPK) e transporte.
Do lado dos fertilizantes, Israel e Irã respondem por cerca de 4–10% das importações brasileiras – destacando mitigação de risco mas ainda relevante.
2- Pressão logística e frete
A instabilidade na região do Golfo, especialmente no Estreito de Ormuz, pode elevar os custos de frete em 15–20%, conforme ocorrido em episódios anteriores.
Rotas alternativas e tempo de entrega estendido pressionam ainda mais as cadeias de exportação, embora ainda não se observe impacto direto sobre a curva de preços de commodities como soja e milho.
3- Volatilidade dos mercados globais
Apesar de Israel não ser um canal logístico primário para o Brasil, uma escalada envolvendo Irã, Líbano ou Arábia Saudita pode afetar fortemente o mercado de petróleo e geraria recessão global, comprimindo a demanda por produtos agrícolas.
Especialistas alertam: Caso a Opep repita embargos similares aos de 1973, a escalada neste conflito poderia gerar pressão inflacionária global.
4- Estratégias de mitigação brasileira
- Diversificar fornecedores de fertilizantes: buscar substitutos ao potássio e fosfatos de Israel/Irã.
- Estoque estratégico: Brasil já mantém estoques maiores, o que reduz o risco imediato.
- Fortalecer rotas logísticas e parcerias comerciais em outras regiões para reduzir exposição a uma única rota ou destino.
Conclusão:
Embora ainda não haja interrupções graves, os efeitos indiretos do conflito principalmente via petróleos, fertilizantes e frete, já pressionam custos no campo. A PLC Distribuidora reforça a importância de planejamento estratégico: garantir fontes alternativas de insumos, otimizar logística e monitorar o cenário global. Assim, mesmo com novas crises, nosso agro brasileiro segue competitivo e resiliente.
